Qualidade da água de barragens subterrâneas do município de Caraúbas/RN

AUTORIA: Cibele Gouveia Costa Chianca; Rafael Oliveira Batista; Cássio Kaique da Silva; Alice Andrade Souza

RESUMO: As barragens subterrâneas vêm sendo largamente implantadas no interior do estado do Rio Grande do Norte, com o objetivo de atenuar os efeitos provocados pela escassez de água nessas áreas. A determinação do local de implantação e o manejo desses barramentos são primordiais para evitar a salinização do solo e poluição de sua água. Diante desse cenário, esse trabalho objetivou avaliar a qualidade da água de três barragens subterrâneas (Boágua, Timbaúba 1, Timbaúba 2) localizadas na área rural do município de Caraúbas/RN, levando em consideração seus usos potenciais. Foram realizadas duas coletas no período de seca em anos alternados (2016 e 2018), sendo avaliados parâmetros que definem a qualidade para cada uso potencial. No geral as barragens apresentaram qualidade de água satisfatória para uso na pecuária e recreativo. Com relação ao consumo humano, o estudo apontou a necessidade de tratamento dessa água. Ao levar em consideração o uso na agricultura, às águas das barragens dos sítios Boágua e Timbaúba 2 podem ser utilizadas na agricultura, desde que monitorados as concentrações de sódio, para evitar problemas de sodificação do solo e de elementos que podem ocasionar o entupimento de sistemas de irrigação localizada. Já a água da barragem de Timbaúba 1 apresenta uma pior qualidade, uma vez que sua utilização pode provocar moderados problemas de salinização, sodificação e toxicidade, além de sérios problemas de entupimento do sistema de irrigação localizada. A qualidade da água das barragens subterrâneas apresenta uma grande variabilidade, mesmo sendo situada em uma mesma região. Essa variabilidade provavelmente é ocasionada pelos diferentes manejos praticados nas barragens. Sendo assim, necessária a avaliação da influência desse manejo na qualidade da água.

Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 2, 2020.
Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/6904. Acesso em: 06 mar. 2021.